sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Irrevogável.



É irrevogável tudo aquilo que te fere, e durante o cair da noite é que eu sinto com maior exatidão aquela ferida entreaberta que lateja, como quem grita e agoniza pedindo um socorro que sequer o tempo pode remediar.
Que injustiça esse mundo que me cerca... Onde já se viu, apenas aqueles que amamos e depositamos confiança são os únicos seres capazes de nos decepcionar?!
Não quero que caia mais uma noite, não quero que o meu travesseiro assista novamente ao meu confronto interno como um espectador inanimado que assim como o silêncio por mim nada faz. Ah, mas como seria incrível que alguém me entendesse de forma tão direta como o que me queima por dentro, ao menos eu teria uma razão para não descontar toda a amargura em lágrimas solitárias que inundam aquilo que de mais precioso eu possuía: meus sonhos.
Ultimamente, venho me sentindo como comparações chulas, tais como uma criança sem o seu pirulito, uma menina sem a sua boneca Barbie... O triste é saber que eu já cresci, e que não posso voltar a traz para manter em mim aquela esperança que eu mantinha acesa como chama.
Sem mais delongas, me despeço. Vou fazer do meu travesseiro, por mais uma vez, o meu parceiro acolhedor de agonias.